O Ministério Público do Rio Grande do Sul oferece, nesta terça-feira, denúncia formal à Justiça no caso da tragédia na boate Kiss, em Santa Maria (RS) – no início de janeiro, um incêndio no estabelecimento deixou 241 mortos. O fogo provocado por uma faísca liberada por artefato pirotécnico durante show da banda Gurizada Fandangueira, em contato com a espuma do revestimento acústico, liberou gases tóxicos que asfixiaram as vítimas, segundo inquérito concluído pela Polícia Civil do Estado.

continua após a publicidade

Às 13h30 desta terça-feira, os promotores responsáveis pelo documento, Maurício Trevisan e Joel Dutra, realizam entrevista coletiva, na sede do MP em Santa Maria, para detalhar a denúncia. Eles devem revelar quais pessoas, entre as 16 indiciadas diretamente pela Polícia Civil, serão formalmente denunciadas à Justiça.

Inquérito

continua após a publicidade

Concluído no final de março, o inquérito da Polícia Civil gaúcha responsabilizou 28 pessoas, direta ou indiretamente, pelo incêndio na boate Kiss. Dessas, 16 foram indiciadas criminalmente, incluindo os donos da casa, integrantes da banda que fazia show e bombeiros que vistoriaram o local.

O inquérito também relaciona outras 12 pessoas, como outros bombeiros, secretários municipais e o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB), por indícios de prática de crimes ou irregularidades. Eventuais processos contra elas, no entanto, correrão em foro específico – no caso do prefeito, a 4.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

continua após a publicidade