Quatro integrantes de uma quadrilha especializada em grampos ilegais no Rio de Janeiro foram denunciados hoje pelo Ministério Público do Estado. Também foi requerido a quebra de sigilo bancário dos denunciados.

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De acordo com a denúncia, o grupo era chefiado pelo inspetor de Polícia Civil José Maurício Fritz Bellini de Andrade, em sociedade com Geci Frias, Renato Cavalcanti da Silva e Marcelo Frias da Silva. Segundo o MP, todos foram presos na manhã de hoje.

A quadrilha investigava empresas e casos de infidelidade conjugal. Eles foram presos em uma operação da Corregedoria da Polícia Civil (Coinpol). Foram vistoriados escritórios em Copacabana, no centro da capital fluminense e na cidade de Nilópolis. Nos locais foram apreendidos computadores, gravadores, agenda telefônicas, contratos de prestação de serviços, canetas que filmam, entre outros itens.

As investigações começaram no dia 14 de maio de 2010, quando Renato Cavalcanti foi flagrado por policiais civis no momento em que instalava um gravador em um poste da rede pública, em uma rua do Recreio dos Bandeirantes. Na ocasião, Renato usava uma camiseta com logotipo de uma empresa de telefonia.

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Segundo o MP, Geci Frias ocupava o cargo de coordenadora do escritório e era também a responsável por angariar clientes interessados nos conteúdos das escutas clandestinas. Já Renato Cavalcanti desenvolvia as “atividades de campo” da organização – instalava gravadores automáticos nas redes de telefonia fixa, monitorava as conversas interceptadas e substituía periodicamente os gravadores. Marcelo Frias era o responsável pela administração financeira e também auxiliava Renato na instalação dos aparelhos de escuta e transcrevia os diálogos para serem entregues aos clientes.

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A quadrilha cobrava R$ 2 mil por 15 dias de interceptação telefônica. A ação criminosa era renovada por quantas vezes o cliente estivesse disposto a pagar pela violação da intimidade das vítimas. Os serviços de gravações telefônicas e gravações sigilosas eram oferecidos por sites na internet.