O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) manteve ontem o pedido de arquivamento do inquérito contra o ex-chefe de Polícia Civil do Rio, delegado Allan Turnowski, por suposta prática de crime de violação de sigilo profissional durante a operação Guilhotina, da Polícia Federal (PF), desencadeada em fevereiro deste ano.

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O arquivamento já havia sido solicitado à 32.ª Vara Criminal da Capital por uma promotoria e foi confirmado ontem pelo procurador-geral do MP-RJ, Cláudio Lopes. Durante a operação foram presos 30 policiais civis e militares acusados de ligações com milicianos e traficantes de drogas. O delegado, então chefe de polícia, foi indiciado por vazamento de informações. A PF interceptou uma ligação de Turnowski, durante o andamento das investigações, a um delegado que estava envolvido nos crimes.

Na confirmação do pedido de arquivamento, Lopes afirmou que, em depoimento, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse não ter dado a Turnowski nenhuma informação sobre a investigação da PF ou ter especificado quais policiais estariam “sob suspeita de praticar ilícitos”. “Também não há, no entendimento do Procurador-Geral e de sua assessoria técnica, evidência que aponte a correlação entre o diálogo mantido por Turnowski com o Delegado Christiano Gaspar Fernandes, interceptado em novembro de 2010, e a operação deflagrada em fevereiro de 2011”, informou o MP-RJ.

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