A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, admitiu nesta quinta-feira, 31, a frustração com a possibilidade de a Medida Provisória 867 perder a validade por não ser votada no Senado até segunda-feira, 3, prazo máximo de avaliação. Segundo ela, a proposta aprovada ontem na Câmara, que altera o Código Florestal e prorroga o prazo do Programa de Regularização Ambiental (PRA) para dezembro deste ano, deve ser reeditada pelo governo.

continua após a publicidade

“Conversei com (presidente do Senado) Davi Alcolumbre, ele estava ainda avaliando e, se for preciso, (reeditar a MP) é uma coisa que está na mesa de discussão. Se não tiver um entendimento que possa ter uma votação, que é dificílima (a votação), a MP pode ser reeditada, sim”, afirmou a ministra, após participar da cerimônia de 30 anos de Embrapa Territorial, em Campinas (SP).

continua após a publicidade

Tereza Cristina rebateu as críticas de que a MP 867, alterada com a inclusão de 35 emendas, muda as regras do Código Florestal e anistia produtores de regiões brasileiras que deveriam recompor áreas de reserva em suas propriedades. “A MP coloca às pessoas resolverem seus problemas ambientais, com o PRA. E resolve o problema de quem, lá no passado, tinha outra legislação. A lei não volta para prejudicar as pessoas”, afirmou. “Tem muita coisa falada que falseia a verdade e isso é ruim para o País e para o setor. Não vamos inventar e mentir que estamos revendo o Código Florestal, quando isso não é verdade”, concluiu.