O Ministério Público de Minas Gerais informou hoje que o promotor Leonardo Barreto solicitou ao juiz titular da Vara da Infância e Juventude de Contagem (MG), Elias Charbil, a aplicação de medida de internação para o adolescente J., de 17 anos, pelos atos de homicídio e sequestro. O promotor encaminhou ao magistrado suas alegações finais no processo que apura a participação do menor no desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza. Alves alegou que não encontrou provas suficientes nos autos da participação de J. no suposto crime de ocultação de cadáver.

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O menor é considerado uma das principais testemunhas do inquérito policial que investiga o caso. A Polícia Civil mineira já solicitou à Justiça a autorização para uma acareação entre ele e outros investigados. O pedido do promotor pelo envolvimento de J. no suposto homicídio foi baseado no dolo eventual. O adolescente alegou que a intenção era dar um “grande susto” em Eliza.

“Mesmo que o menor não queira diretamente o resultado morte da vítima (dolo direto), acabou contribuindo para a ocorrência desse evento, no mínimo, aceitando o seu resultado, já que levou a vítima até o local da execução do crime, lá permanecendo, ainda que em cômodo ao lado, sem que, em nenhum momento, tenha se manifestado de forma contrária a esses graves atos ou sequer desistido do cometimento deles”, escreveu Alves. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a medida de internação deve ser aplicada pelo prazo mínimo de seis meses até três anos.

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