Os Ministérios Públicos de Minas Gerais (MP-MG) e de São Paulo (MP-SP) realizam hoje uma operação contra um suposto cartel que atua na venda de merenda escolar nos dois Estados. O grupo é acusado de fraudar licitações, terceirizações no fornecimento de merenda escolar e manter um esquema de corrupção em prefeituras municipais. A ação objetiva recolher provas relativas a essas ações ilícitas, além do crime de lavagem de dinheiro. As investigações tiveram início há dois anos, a partir de denúncias recebidas pelos promotores de Justiça de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.

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Participam da Operação Merenda Escolar: 40 policiais militares de Minas, 10 policiais civis de São Paulo, 42 auditores fiscais e sete promotores de Justiça de Minas e dois de São Paulo. Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Contagem, Mariana, Varginha e Uberaba, em Minas Gerais, e nos municípios de Tietê e Sorocaba, em São Paulo.

Foi apurado que um corretor do Ceasa de Minas vendia notas fiscais de empresas mineiras a empresas do cartel para reduzir o imposto a pagar (ICMS). Companhias mineiras são suspeitas de pagarem propinas a agentes públicos de São Paulo por meio de empresas fantasmas que funcionaram por um breve período. Segundo o MP-MG, a Prefeitura de Ribeirão das Neves pagou irregularmente cerca de R$ 15 milhões a uma empresa que forneceu merenda escolar para a cidade entre 2006 e 2009.

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