Cinco acusados de participar da chacina que resultou na morte de nove sem-terra, no dia 19 de abril, em de Taquaruçu do Norte, município de Colniza (1.114 km de Cuiabá), em Mato Grosso, foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) por homicídio triplamente qualificado (mediante pagamento, tortura e emboscada).
Os cinco integram um grupo de pistoleiros denominado “os encapuzados”, conhecidos na região como “guachebas”, contratados com a finalidade de praticar ameaças e homicídios.
São eles: Valdelir João de Souza (conhecido como “Polaco Marceneiro” e apontado como o mandante), Pedro Ramos Nogueira (vulgo “Doca”), Paulo Neves Nogueira, Ronaldo Dalmoneck (o “Sula”) e Moisés Ferreira de Souza (conhecido como “Sargento Moisés” ou “Moisés da COE”). Valdelir Souza e “Sargento Moisés” estão foragidos.
Segundo autoridades policiais, Valdelir de Souza é dono das empresas Madeireira Cedroarana LTDA-EPP e G.A. Indústria, Comércio e Exportação de Madeiras LTDA-EPP, que exploravam ilegalmente os recursos do assentamento. E o Moisés de Souza é o líder dos “encapuzados”.
No dia do crime Pedro Nogueira, Paulo Nogueira, Ronaldo Dalmoneck e Moisés Souza, a mando de Valdelir, foram até ao local da chacina e executaram Francisco Chaves da Silva, Edson Alves Antunes, Izaul Brito dos Santos, Alto Aparecido Carlini, Sebastião Ferreira de Souza, Fábio Rodrigues dos Santos, Samuel Antonio da Cunha, Ezequias Santos de Oliveira e Valmir Rangel do Nascimento.
Na ação, o Ministério Público Estadual descreve a crueldade empregada pelo grupo em cada vítima assassinada. O órgão pede pela manutenção da prisão preventiva dos acusados.