Ao todo, oitenta e oito suspeitos de envolvimento nos ataques em Santa Catarina foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público do Estado. Segundo o promotor de Justiça Onofre Agostini, coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, trata-se de uma resposta rápida diante da onda de violência que, desde o dia 30 de janeiro, atingiu 37 cidades catarinenses.
“Estamos atuando de forma conjunta com os demais órgãos de segurança, o que tem trazido efetividade às ações, e traçando estratégias jurídicas para lidar com a situação e para garantir que os responsáveis sejam punidos”, disse o promotor à Agência Brasil, acrescentando que o número de denunciados “deve aumentar muito”, ao longo das investigações.
Até agora, a equipe foi designada para cumprir 97 mandados de prisão expedidos pela Justiça. Embora a Polícia Civil não tenha informado o número atualizado com o total de mandados cumpridos, a corporação aponta que foram presas, desde 30 de janeiro, 103 pessoas.
Onofre Agostini informou que cerca de 40 promotores de Justiça, que atuam em Florianópolis e nas cidades onde ocorreram os principais ataques, participaram de uma reunião nesta quarta-feira para avaliar o trabalho da força-tarefa criada há quase duas semanas pela Polícia Civil para combater a onda de violência.
Segundo a Polícia Militar catarinense, pela primeira vez desde o início da onda de violência, não houve registro de nenhum episódio associado aos ataques nem de vandalismo na noite desta terça-feira (26) e madrugada de quarta. Desde 30 de janeiro, houve 113 ocorrências em 37 cidades.