Na Operação Águas Profundas, deflagrada hoje pela Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) informou 26 pessoas são suspeitas de envolvimento em um esquema para beneficiar a empresa Angraporto Offshore, criada em 1.º de julho de 2003 para prestar serviços à estatal. A operação tem por objetivo prender suspeitos de fraudes em licitações para a construção de plataformas da Petrobras.
O MPF pediu a prisão preventiva de 18 pessoas, que irão responder, de acordo com a participação de cada um, por crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, falsidade documental e estelionato, de acordo com nota divulgada pela procuradoria.
"De acordo com o procurador da República Carlos Alberto Aguiar, autor da denúncia criminal, um dos esquemas funcionava com o repasse de informações privilegiadas, por parte de funcionários da Petrobras, para fraudar licitações viciadas em favor da empresa Angraporto Offshore", diz o texto.
Empresas fantasmas
Na operação, a PF também realiza mandados de busca e apreensão em 89 endereços. Há suspeitas de que empresas como Iesa e Mauá Jurong também participaram do esquema. As investigações concluíram que os suspeitos ocultavam parte do ganho com as fraudes valendo-se de empresas fantasmas.
Em outro esquema descoberto, os advogados Ruy Castanheira e Ricardo Secco, supostamente desviavam recursos repassados pelo governo do Estado a organizações não-governamentais (ONGs) como Fundação Escola do Serviço Público (Fesp), Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa da Administração (Inep), Instituto Nacional de Aperfeiçoamento da Administração Pública (Inaap); Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Treinamento(IBDT) e Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Cidadania (CBDDC)