O Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) coletou amostras de água em diferentes pontos das instalações da Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para análises de qualidade. Há dez dias a população reclama do gosto, cheiro e aparência da produto que chega às torneiras. Algumas pessoas relataram também terem passado mal após ingeri-lo.

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Promotores do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema/MPRJ) fizeram uma vistoria na empresa na segunda-feira, 13. Estavam acompanhados de especialistas da Fiocruz e da UERJ. De acordo com informações do MP, foram recolhidas amostras de água “em diferentes pontos e fases do processo, da captação ao tratamento, em busca de respostas para os recentes flagrantes e denúncias sobre as más condições de turbidez, odor e sabor da água fornecida na região metropolitana do Rio, alvos de reclamações de consumidores”.

As análises serão feitas pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e pela Vigilância Sanitária. Diferentes padrões serão testados, como volume de cloro residual, presença de coliformes fecais e bactérias, entre outros. A previsão é que o resultado esteja disponível em 15 dias.

O MPRJ também expediu uma recomendação à Cedae para que divulgue, “com ampla transparência e publicidade”, os laudos de potabilidade da água, em especial os produzidos a partir de 1º de janeiro deste ano.

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Após as reclamações, a Cedae informou apenas que foi constatada na água a presença de geosmina. Trata-se de uma substância orgânica que não ofereceria nenhum risco à saúde. Especialistas, no entanto, vêm cobrando mais informações sobre a qualidade da água.

No fim da tarde desta terça-feira, 14, o governador do Rio, Wilson Witzel, que está de férias nos Estados Unidos, comentou o problema em uma rede social. “São inadmissíveis os transtornos que a população vem sofrendo por causa do problema na água fornecida pela Cedae. Determinei apuração rigorosa tanto da qualidade da água quanto dos processos de gestão da companhia”, escreveu.”A empresa deve acelerar a solução definitiva para aprimorar a qualidade da água e do tratamento de esgoto das cidades próximas aos mananciais. O consumidor não pode ser prejudicado.”

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