A promotoria do Ministério Público Estadual decidiu que dois dos quatro maiores de idade acusados de participação no assalto que resultou na morte do menino João Hélio Fernandes, de 6 anos, não responderão por latrocínio – roubo seguido de morte. Thiago de Abreu Matos, de 19 anos e Carlos Roberto da Silva, de 21, podem responder apenas por porte de arma e formação de quadrilha armada. De acordo com a polícia, que denunciou todos por latrocínio para a Justiça, eles estavam no carro que deu cobertura ao veículo roubado da mãe da vítima.

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O pai do menino, Élson Vietes, ressaltou que tem esperança em uma punição exemplar para os criminosos, pois a responsabilidade criminal será decidida pela juíza Marcela Assad Karam, titular da 1ª Vara Criminal de Madureira, que deve divulgar a sentença nas próximas semanas. "Espero que a punição seja exemplar e compatível com o crime bárbaro. Agora, vamos aguardar a sentença ", declarou Vietes.

Sem responder por homicídio, a dupla pode pegar até 18 anos de prisão. Já Diego Nascimento da Silva, de 18 anos, e Carlos Eduardo Toledo Lima, de 23 vão responder pelo crime e podem ser condenados a até 30 anos de prisão. Eles estavam no carro que arrastou o menino junto com o menor E., de 16 anos, que já cumpre medida sócio-educativa e pode ficar internado por três anos.

O advogado dos pais de João Hélio, Gilberto Ribeiro, disse que concordou a decisão. "Concordei com os 57 laudos do Ministério Público. Realmente, esses dois não estavam no carro que arrastou o menino, mas colaboraram para um crime torpe e cruel e tenho certeza que responderão perante a lei por isso", disse.

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