Aeroportuários

Movimento em aeroportos já está normalizado, diz sindicalista

O movimento nos principais aeroportos do país já foi normalizado e os funcionários da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) não estão mais greve. É o que garante o diretor do conselho fiscal do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Severino Macedo.

Ele afirma que, após sete rodadas de negociação, a contraproposta apresentada pela Infraero na noite de terça-feira (29) possibilitou a volta dos funcionários ao serviço ainda nas primeiras horas de paralisação.

“Já não tem mais greve, suspendemos a greve ao término das assembléias. Os trabalhadores aprovaram a proposta.”

Até o início da tarde, servidores de nove aeroportos que tinham aderido à greve retornaram ao trabalho. A paralisação atingiu 12 dos 67 aeroportos administrados pela empresa.

De acordo com Macedo, o sindicato havia registrado “grande avanço” na sétima rodada de negociação, até que uma cláusula sobre promoções por merecimento e antigüidade apresentada pela Infraero não agradou a categoria e a greve foi anunciada.

“A cláusula tinha uma pegadinha: existiam algumas condições que a Infraero jogava para uma norma interna, que pode ser mudada da noite para o dia. Ninguém assina um negócio desse. Foi para a assembléia e foi reprovado quase que por unanimidade.”

O sindicalista explica que a contraproposta foi protocolada no Sina pouco depois das 19h de terça (29). O documento, segundo ele, prevê um reajuste salarial de 5,5%, retroativo a 1º de maio e o pagamento de 25 vales-refeição/alimentação mensais no valor de R$ 24 cada. Há ainda dois padrões para promoção, por merecimento ou antigüidade, para todos os funcionários que, em 31 de dezembro de 2007, tenham mais de um ano na empresa.

Uma das principais reinvindicações da categoria, a implantação de um Plano de Cargos e Salários, também foi incluída na proposta da Infraero. Segundo acordo firmado, o plano deverá estar pronto até o dia 30 de abril de 2009. Para Macedo, os anúncios anteriores feitos pela empresa sobre o assunto eram “promessas” e o atual comprometimento com a implantação do plano representa “mais uma vitória da categoria”.

O sindicalista destaca, entretanto, que ainda não há acordo, por exemplo, em relação ao bônus de Natal, que vinha sendo pago há 24 anos pela empresa mas que não foi aceito pela atual diretoria. A previsão é que a Infraero e o Sina negociem, em outubro, como o benefício será concedido, bem como os recessos de final de ano.

 

Macedo afirma que as primeiras horas de greve provocaram apenas “poucos atrasos”. Para ele, o movimento nos aeroportos não foi bruscamente afetado porque a paralisação já havia sido anunciada com antecedência.

 

“A greve foi avisada, não uma greve louca de não haver aviso. As próprias companhias aéreas já ficaram de prontidão e tudo foi feito com tempo.”