Brasília – A deputada federal Neide Aparecida (PT-GO) divulgou nota ontem confirmando que o motorista Wendell Resende de Oliveira foi seu funcionário, mas nega que o tenha mandado a São Paulo para buscar dinheiro. Wendell de Oliveira disse ao jornal O Globo que no auge da campanha eleitoral de 2004 viajou de Goiânia a São Paulo, a mando da deputada, para buscar um pacote com US$ 200 mil no diretório nacional do PT.
No texto, a deputada diz que o ex-motorista trabalhou com ela desde 2001, tendo feito diversas viagens, inclusive uma no mês de setembro de 2004 à cidade de São Paulo, onde ele teria ido buscar, no diretório nacional do PT, material de campanha. Neide Aparecida acusou o ex-motorista de ter sacado R$ 400 de sua conta, sem autorização, e afirmou que Wendell teria dito a seus assessores que estava recebendo propostas de veículos de comunicação para falar o que sabe sobre o PT.
?Ele afirmou que estava recebendo oferta de órgãos de imprensa, de até R$ 60 mil, para dar entrevista sobre fatos que envolvessem a minha pessoa e o PT?, disse.
Na nota, a deputada diz ainda que irá processar o ex-motorista. Wendell disse na quinta-feira que o dinheiro foi apanhado com a secretária de Delúbio Soares e distribuído em Goiânia para ajudar na campanha de políticos aliados. Entre os beneficiados estaria Carlos Soares, irmão de Delúbio que concorria a uma vaga de vereador.