Motoristas que trafegavam na quarta-feira, 25, pelas pistas das Marginais do Tietê e do Pinheiros foram majoritariamente favoráveis à mudança nos limites de velocidade. Para eles, o acréscimo nos limites permitidos não deve causar mais acidentes nem mais mortes na via.

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“Esse limite a 70 km/h (na expressa) estava matando a gente”, afirmou o mecânico de automóveis Ciro Gonçalves Santos, de 59 anos. Motorista que usa a via quase diariamente, ele avaliou como “ótima” a iniciativa do prefeito João Doria (PSDB) de alterar os limites, mesmo após ser questionado sobre eventuais aumentos de custos operacionais para a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que montou um esquema especial, com 35 equipes, para manter os novos limites. “Não tem mais risco de acidentes por causa disso. O que precisa é o pessoal prestar atenção, dirigir com cuidado, não falar no celular.”

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No primeiro dia da Operação Marginal Segura, faixas de orientação estavam coladas nas pontes que cruzam as duas pistas. Entre os logotipos publicitários do programa, havia a frase “Salve vidas”, acima de orientações pare respeitar os ciclistas e não falar ao celular e dirigir ao mesmo tempo.

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Agentes da CET, acompanhados de colegas da São Paulo Transportes (SPTrans) e de guardas-civis, puderem ser vistos fazendo paradas em alguns pontos das pistas, como sob as Pontes Casa Verde e Tatuapé (na do Tietê) e Eusébio Matoso e Morumbi (na do Pinheiros). Um dos marronzinhos disse que a orientação era circular entre pontos determinados. Nas Marginais, também havia patrulha feita por policiais militares.

O empresário mineiro Bruno Henriques, de 28 anos, que vem à capital paulista ao menos uma vez por mês e circula sempre pela Marginal do Tietê, afirmou aprovar a volta dos limites maiores de velocidade. Para ele, “o trânsito anda melhor se os carros puderem andar mais rápido. Flui melhor”, disse. “Com 70 km/h a gente ficava preso”, afirmou.

Ele disse que a mudança era nítida assim que chegava à cidade. “Você vinha em um ritmo na estrada, sentia quando chegava na marginal e tinha de seguir a 50 km/h (na local)“, disse.

Já o comerciante Paulo Ramos, de 48 anos, morador da zona norte da capital, disse acreditar que “o perigo que o cara corre falando no celular enquanto dirige é bem maior do que ele andar a 60 km/h no lugar de 50 km/h”. Ele, no entanto, não sabia que as faixas à direita das pistas locais permaneceram a 50 km/h, ao passo que as demais tiveram o limite aumentado para 60 km/h.

Ao entender, culpou a sinalização. “Ainda bem que mudaram isso aí.” Ramos também afirmou que a Prefeitura deveria preocupar-se com vendedores ambulantes que ficam na altura da Ponte das Bandeiras.

Acidentes. O prefeito João Doria afirmou na quarta-feira, 25, que, com a liberação judicial para a mudança de limites de velocidade, a campanha publicitária estrelada pelo bicampeão de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi já foi retomada. “Grande piloto, homem consciente da segurança”, disse o prefeito sobre o garoto propaganda. Entre os temas da ação estão o risco de falar ao celular no volante, de beber antes de dirigir e de comprar itens de ambulantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.