Motim em São Paulo mata cinco presos

Sorocaba – Cinco presos foram mortos por decapitação ontem e 14 servidores penitenciários foram feitos reféns pelos detentos amotinados na Penitenciária de Segurança Máxima Zwinglo Ferreira, a P-I, de Presidente Venceslau, a 620 km de São Paulo. O motim começou por volta das 9h e durante o dia dois reféns foram libertados. As informações foram dadas por um detento, que usou um telefone celular para falar com a imprensa. Tropas da Polícia Militar continuavam cercando o presídio, no final da tarde de ontem.

Em entrevista a uma rádio, no fim da tarde, do interior do presídio, o amotinado disse que os 12 reféns estavam sendo bem tratados. De acordo com ele, a rebelião teria ocorrido por causa de um acerto de contas entre integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e presos expulsos da facção. O preso, que não se identificou, reclamou de maus-tratos e confirmou as mortes.

A administração confirmou a destruição parcial do setor hospitalar e da cozinha, que estavam sob controle dos rebelados. A energia elétrica da penitenciária havia sido cortada. Atendendo a pedido dos presos, o juiz corregedor Flávio D?Urso foi até o presídio para discutir as condições dos apenados. Quando chegou, no entanto, os presos negaram-se a dialogar.

Os reféns foram liberados sem ferimentos. Eles contaram estar sob ameaça de estiletes e pedaços de madeira.

No início da noite, os rebelados atearam fogo à escola e à biblioteca. 

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