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Mortes em presídio paulista não envolveram facções, conclui polícia

Os assassinatos de dois presos, em que um deles foi degolado, na Penitenciária de Tupi Paulista, interior de São Paulo, na noite do dia 12, não tiveram relação com a disputa entre facções criminosas, segundo a Polícia Civil. No inquérito, concluído nesta sexta-feira, 20, quatro presos foram indiciados pelos homicídios.

De acordo com o delegado Anderson Moisés Vieira, responsável pela apuração, os detentos foram mortos porque seriam delatores e teriam passado informações para a diretoria da unidade. “É o que eles chamam de alcaguetes, ou ‘caguetas’, segundo a gíria das prisões.”

Um dos presos foi degolado com uma linha de costurar bolas. Ele cumpria pena de 33 anos por homicídio e roubo.

O outro, condenado a 24 anos por tráfico de drogas e associação para o tráfico, foi golpeado várias vezes com a lâmina de um espelho quebrado. Conforme a conclusão do inquérito, não houve evidência de que a morte tenha sido determinada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), facção dominante no presídio. A cela onde aconteceu os crimes estava com 36 detentos e relatos indicaram possível participação de outros dois presos no crime, mas, segundo o delegado, não houve provas disso.

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de São Paulo. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que, após a conclusão dos procedimentos apuratórios, os culpados serão incluídos no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), um regime de disciplina carcerário mais duro e com maior isolamento do preso.

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