O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, afirmou que a morte da médica brasileira Zilda Arns, em terremoto ocorrido ontem no Haiti, “enluta não apenas o Brasil, em que era peça-chave no desenvolvimento de políticas sociais, mas toda a América Latina, a que também estendia o manto de sua generosa ação humanitária”. Em nota divulgada hoje, Britto disse que a morte da fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, “em plena ação missionária, no Haiti, tem a dimensão trágica e poética do artista que morre em cena”.

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Lembra o texto do presidente da OAB que Zilda Arns dedicou à “causa dos desvalidos” toda a sua vida de médica sanitarista. “Sacrificou a perspectiva de uma vida regular e confortável, que sua qualificação profissional lhe permitia, ao nobre ideal de submeter-se ao mandamento cristão de amar ao próximo como a si mesmo.”

Zilda Arns Neumann era médica pediatra e sanitarista, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança e fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, além de ser representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), do Conselho Nacional de Saúde e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Segundo Cezar Britto, ela “inclui-se numa seleta galeria de seres humanos integrais, em que figuram personagens como Madre Teresa de Calcutá e Irmã Dulce”. “São pessoas que melhoram o mundo e seu tempo e impedem que o ser humano descreia de si mesmo.”

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Missa

Uma missa em homenagem a Zilda Arns será realizada às 18 horas de hoje na Catedral da Sé, na região central de São Paulo. A missa que será celebrada pelo Padre Julio Lancellotti deve durar cerca de uma hora.

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