Vitória – O advogado Alexandre Martins de Castro, pai do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, afirmou ontem que estão lentas as investigações sobre o assassinato de seu filho, ocorrido em 2003, em Vila Velha. Ele disse temer que o crime prescreva e lamentou que as informações sobre a participação de autoridades do Poder Judiciário no assassinato tenham demorado dois anos para serem divulgadas. Pelo menos dois juízes do Espírito Santo estão sendo investigados por suspeita de terem encomendado a morte. Entre os motivos da execução estaria uma investigação iniciada por Martins para apurar denúncias de venda de sentenças no fórum da capital capixaba. ?Eu espero daqui há um ano não ter que cobrar severidade na investigação mais uma vez. As declarações do secretário de Segurança Pública Rodney Miranda não me surpreenderam. Que é crime de mando nunca tive dúvida. Também não me surpreendeu ele apontar para integrantes do Poder Judiciário. Só lamento que tenha demorado dois anos. Se continuar nesse passo, nem em sete anos o inquérito vai ser concluído. O crime vai acabar prescrevendo?, comentou. Segundo o advogado, não há justificativa para que o sigilo nas investigações sobre o caso não seja quebrado. ?O sigilo não é justificável depois de tanto tempo. Muito sigilo é sinônimo de esquecimento. Se em dois anos, com todo esse sigilo, a investigação caminhou com essa lentidão, devemos ter acesso à informação, para poder cobrar?, afirmou. Castro atribui a lentidão nas investigações à falta de prioridade dada ao caso.
Morte de juiz está impune
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