O presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), Daniel Grandolfo, de 37 anos, morreu na madrugada desta quinta-feira, 12, um dia após ter sofrido acidente de carro na Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), em José Bonifácio, interior de São Paulo.

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Ele estava internado no Hospital de Base de São José do Rio Preto e não resistiu à gravidade dos ferimentos. Dois diretores do sindicato, José Cícero de Souza, de 54 anos, e Edson Chagas, de 57, morreram no mesmo acidente, na manhã de quarta-feira, 11.

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Grandolfo denunciou como “um massacre” a morte de 23 agentes penitenciários em 2006, durante a onda de violência desencadeada a partir dos presídios pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), pois os agentes trabalhavam desarmados.

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O líder sindical revelou também uma lista de agentes penitenciários e familiares marcados para morrer pela facção criminosa. No início deste ano, ele denunciou as condições precárias de trabalho dos agentes devido à superlotação das unidades prisionais paulistas.

De acordo com o Sindasp, os líderes sindicais retornavam de viagem a Brasília, onde acompanhavam tramitação de emenda constitucional que equipara direitos funcionais dos agentes penitenciários ao de policiais civis e militares, possibilitando que façam, por exemplo, a escolta de presos. Na rodovia, o carro em que estavam colidiu com um caminhão carregado de tijolos. Os diretores José Cícero e Edson morreram na hora. Grandolfo foi levado gravemente ferido para o hospital de José Bonifácio e transferido para o HB de Rio Preto, onde faleceu.

As causas do acidente ainda são apuradas. Grandolfo e os outros diretores atuavam em penitenciárias da região de Presidente Prudente.

José Cícero será sepultado às 14 horas desta quinta-feira em Álvares Machado. Edson será enterrado em São Paulo, onde reside a família. O corpo de Grandolfo será velado a partir das 15 horas na Casa de Velório Athia, em Presidente Prudente.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Região de Presidente Prudente (Sipol), Fábio Morrone, divulgou nota lamentando as mortes. “Três guerreiros se foram, e na batalha. Nossa eterna admiração e respeito”, diz a nota.