O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), morreu neste domingo (16), aos 41 anos, após um ano e meio de luta contra um câncer agressivo. Ele foi diagnosticado com um tumor na cárdia, válvula entre o estômago e o esôfago, em outubro de 2019, e imediatamente passou por sessões de radioterapia e quimioterapia. Covas respondeu bem ao tratamento e a doença aparentemente tinha dado sinais de que havia regredido.
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No mês passado, porém, novos exames identificaram que o câncer havia se alastrado para o fígado e atingido parte dos ossos. O prefeito então se afastou da prefeitura e ficou 12 dias internado no Hospital Sírio-Libanês. Teve alta no dia 27 de abril, mas voltou a ser hospitalizado às pressas no dia 2 de maio, quando chegou a ser intubado.
Na última sexta (14), o hospital divulgou um último boletim médico informando que o quadro clínico do prefeito de São Paulo havia piorado e era irreversível. Ele estava recebendo medicamentos analgésicos e sedativos, e logo ficou claro de que não havia mais esperança de recuperação.
Bruno Covas faleceu seis meses após ser reeleito para mais um mandato na prefeitura paulista com 59,45% dos votos válidos, o equivalente a quase 2,98 milhões de votos. Já doente e em meio ao tratamento contra a doença, o tucano fez campanha normalmente e derrotou Guilherme Boulos (Psol) no segundo turno das eleições de 2020.
Ao comemorar a vitória naquela noite de 29 de novembro, Covas afirmou que era “possível fazer política sem ódio”. Ele apelou para a moderação e o equilíbrio, afirmando que “governaria para todos”. “A partir de amanhã não existe distrito azul e vermelho, existe a cidade de São Paulo”, disse o prefeito reeleito.
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Com a morte de Covas, o vice-prefeito Ricardo Nunes (MDB), que já ocupa interinamente a prefeitura, assume o cargo de forma definitiva.
Neto do ex-governador de São Paulo Mário Covas (PSDB), Bruno Covas foi eleito vice-prefeito da capital paulista em 2016, na chapa de Doria, em primeiro turno, derrotando o então prefeito Fernando Haddad (PT). Dois anos depois, assumiu o comando da cidade com o afastamento de Doria, que se candidatou ao governo de São Paulo e foi posteriormente eleito. Bruno Covas deixa um filho.