O jornalista Rodolfo Fernandes morreu neste sábado (27) na Clínica São Vicente (zona sul do Rio), aos 49 anos. Ele sofria de esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença neurológica fatal que provoca lesões musculares progressivas.
Era o diretor de redação e o editor responsável do jornal “O Globo”. Apesar da gravidade da doença, que o acometia havia dois anos, a morte de Rodolfo pegou de surpresa os parentes e os colegas do diário carioca. Ele havia trabalhado na redação na quinta-feira passada.
Filho do jornalista Hélio Fernandes, de 90 anos, Rodolfo era casado com Maria Sílvia Bastos Marques, ex-executiva do Banco Icatu, ex-secretária de Fazenda da cidade do Rio e presidente da Empresa Olímpica Municipal, criada pela prefeitura com a função de coordenar os projetos para os Jogos Olímpicos a serem disputados no Rio em 2016.
Do primeiro casamento, com Sandra Fernandes, o jornalista deixa dois filhos, Felipe e Letícia. Irmão mais novo de Hélio Fernandes, o jornalista, escritor e dramaturgo Millôr Fernandes era seu tio.
Aos 16 anos, ainda estudante, Rodolfo Fernandes decidiu seguir a carreira do pai e do tio. Ingressou na “Tribuna da Imprensa”, o combativo jornal de Hélio Fernandes, como estagiário e repórter.
Mais tarde, transferiu-se para Brasília, onde se destacou na cobertura da transição do regime militar para o civil no “Jornal do Brasil’, “Jornal de Brasília”, “Última Hora” e “Folha de S. Paulo”. Foi repórter atuante no acompanhamento do cotidiano da Presidência da República e do Congresso Nacional.
Rodolfo Fernandes trabalhava em “O Globo” havia 22 anos. Inicialmente, na Sucursal de Brasília, onde exerceu as funções de coordenador de política e chefe de redação. De volta ao Rio em 2000, assumiu a editoria de Política. No ano seguinte, tornou-se chefe da redação.