Um laudo parcial divulgado hoje pela Polícia Civil de Minas Gerais revelou uma alta dosagem de monóxido de carbono nos corpos de Gustavo Lage Ribeiro, de 23 anos, e Alessandra Paolinelli Barros, 22. Eles foram encontrados mortos em uma pousada em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, na quinta-feira.
A presença de monóxido de carbono nos corpos do casal esfria a tese inicial levantada pelos investigadores, de homicídio seguido de suicídio ou até mesmo um pacto de morte. A perícia identificou a presença da substância carboxihemoglobina em ambos os corpos e em níveis letais – 62% em Alessandra e 68% em Ribeiro. De acordo com os peritos, a exposição a concentrações acima de 60% do elemento por um período superior a uma hora representa alto risco de morte.
Outros exames toxicológicos ainda estão sendo realizados, e a previsão é de que o laudo completo só seja divulgado em meados de abril. A perícia feita no local pela equipe de engenharia legal deve ser retomada nesta segunda-feira.
A delegada Cristina Coeli, da Divisão de Pessoas Desaparecidas, responsável pelas investigações, foi procurada pela reportagem, mas a assessoria da Polícia Civil informou que ele não daria declarações. O gerente da Pousada Mirante da Serra informou que o quarto no qual o casal estava hospedado não possui sistema de aquecimento a gás mas, sim, uma lareira a lenha. Ainda segundo ele, o sistema a gás existe em apenas dois cômodos do estabelecimento.
Os corpos Ribeiro e Alessandra foram sepultados ontem. A estudante de medicina e o calouro de Engenharia Civil moravam em Belo Horizonte. Eles viajavam em comemoração ao primeiro aniversário de namoro. Segundo parentes e familiares, não havia sinais de qualquer briga ou problemas envolvendo o casal.