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Monobloco arrebanha multidão de foliões no último dia do pós-carnaval do Rio

O tradicional Monobloco atraiu uma multidão de foliões para o último dia de pós-carnaval no Rio de Janeiro. Milhares de pessoas se aglomeravam nas ruas do centro da cidade desde as primeiras horas da manhã.

A Riotur, empresa de turismo do município do Rio, aguardava 400 mil pessoas, mas agentes da Polícia Militar e Guarda Municipal presentes ao evento acreditavam que o público tivesse ultrapassado a estimativa inicial. No dia anterior, o Bloco das Poderosas, da cantora Anitta, já tinha arrebanhado 400 mil pessoas no mesmo local.

Os irmãos Robson e Maycon Ferreira, moradores de Cosmos, na zona oeste do Rio, contaram que às 8h deste domingo a festa já havia começado. “Já estava muito cheio, já tinha música. Adoro muito o Monobloco, de paixão”, afirmou Maycon. O militar Luan Rodrigues curtiu o bloco ao lado de outros 14 amigos, todos fantasiados. Tinha abelha, coelho, dançarina e jogador de futebol entre os foliões do grupo, todos moradores do bairro de Coelho Neto, na zona norte. “Já fui a uns 15 blocos este ano. O carnaval só acaba na segunda-feira! Todo ano eu venho ao Monobloco”, contou Luan.

O ator Ryan Augusto Rocha levou o filho Dimitri, de 4 anos, para o desfile. “Eu brinquei com o meu pai”, contou o menino, feliz na fantasia de Batman. “Não dá para ficar no meio da muvuca. Tivemos que acompanhar mais na lateral. Mas deu para escutar a música, para brincar, para aproveitar”, disse Ryan.

Apesar da segurança reforçada, roubos e furtos de aparelhos de telefone celular e carteiras ofuscaram o brilho da festa. Testemunhas contaram que a banda interrompeu o show pelo menos duas vezes para ralhar com pessoas que causavam tumulto no meio da multidão.

O estudante David Rocha, de 17 anos, desistiu de acompanhar o bloco depois que tentaram levar seu cordão de ouro, carteira e celular. “Estava tendo muito assalto. Toda hora saía briga”, afirmou. “Mas foi bonito, deu para curtir”, amenizou o estudante.

A ambulante Viviane da Silva relatou que as confusões atrapalharam até as vendas de cerveja e refrigerante. “Teve muita brigalhada. O povo estava roubando no meio da muvuca, aí começava a espalhar a multidão, atrapalhava na hora de vender”, relatou.

O técnico de telecomunicação Alexandre Gomes teve a carteira furtada no meio do bloco, o que encerrou a festa para ele e outros quatro amigos que o acompanhavam. “É um absurdo. A gente sai para se divertir, daí tem um prejuízo desse. O pior é que levaram todos os meus documentos. Acabou a nossa brincadeira”, lamentou Gomes, morador de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

A Polícia Militar informou que 160 policiais foram destacados para reforçar a segurança do bloco, além do contingente que já atuava nos arredores. A Guarda Municipal enviou outros 245 agentes para reforçar o esquema de segurança especial para o Monobloco. Pelo menos um homem foi detido por furto de celular e levado para registrar a ocorrência na delegacia de polícia da região.

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