Uma vista de jornalistas à capital do Tibete nesta quinta-feira, organizada pelo governo chinês, não teve o resultado esperado por Pequim. Monges budistas interromperam a excursão, gritando que não havia liberdade de religião no Tibete e que o dalai-lama não deve ser responsabilizado pelos recentes episódios de violência em Lhasa.
A visita foi organizada com o objetivo de mostrar que Lhasa está calma depois dos sangrentos confrontos, que atrapalharam os planos chineses de realizar uma Olimpíada pacífica. Cerca de 300 monges surgiram repentinamente quando os jornalistas eram levados para as proximidades do Templo Jokhang, um dos mais sagrados da região.
"O Tibete não é livre! O Tibete não é livre", gritou um jovem monge que logo depois começou a chorar. Os representantes do governo gritaram para que os jornalistas deixassem o local e tentaram retirá-los da área do protesto. Os monges afirmaram que sabiam que provavelmente seriam detidos por causa da ação, mas que não temiam o fato.