O mosquito Aedes aegypti entrou nos presídios paulistas, mas encontra resistência. Nas 163 unidades prisionais do Estado de São Paulo, 37 mil servidores e 226 mil presos estão mobilizados para exterminar o transmissor de dengue, chikungunya e zika vírus, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado. Em cada presídio, um funcionário foi designado como ‘guardião’ no combate ao mosquito.

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Toda semana, equipes fazem a coleta de entulhos, capinação, vistoria e manutenção predial para eliminar criadouros. Na penitenciária de Assis, oeste paulista, os detentos montaram e exibiram uma peça teatral para internos e funcionários. Em Limeira, os presos do Centro de Ressocialização foram contratados para confeccionar armadilhas que estão sendo espalhadas na cidade e no interior da unidade.

Em Balbinos, cidade de 1,3 mil habitantes que já teve 40 casos de dengue, os dois presídios com quase três mil detentos ainda não registraram caso da doença. Os detentos dividiram tarefas e mantêm constante vigilância nas celas e nos pátios internos. Eles fizeram cartazes de alerta e espalharam nas unidades. “Os presos pegaram a ideia de não deixar a dengue vir para dentro das celas”, disse o agente penitenciário Paulo dos Santos.

Na Penitenciária Feminina II de Tremembé foram realizadas palestras às reeducandas abordando a possível relação do zika vírus com a microcefalia. O Núcleo de Saúde inspecionou setores da creche, berçário e enfermaria em busca de possíveis criadouros. Foi dada atenção especial às detentas grávidas. Várias unidades já registraram casos de dengue, mas a Secretaria não tinha um levantamento do número de casos até a tarde desta terça-feira, 2.

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