Missa marca 16 anos da chacina da Candelária no Rio

Cerca de 400 pessoas participaram hoje do ato ecumênico para lembrar os 16 anos da Chacina da Candelária. A execução de oito adolescentes moradores de rua no centro do Rio por policiais militares chocou o País em 1993. O presidente do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDCA), Carlos Nicodemos, afirmou que pouco mudou desde a barbárie.

“A criminalização dos jovens é política não só dos governos, mas da sociedade. A prova é que o projeto de redução da maioridade penal ecoa positivamente. As pessoas preferem ignorar fatos como a Chacina da Candelária e apontar sempre o adolescente pobre como autor e não como vítima da violência”, disse Nicodemos.

O secretário Nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, compareceu à cerimônia e destacou as ações do governo do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Após o culto realizado na Igreja da Candelária, os participantes marcharam pela Avenida Rio Branco. Uma faixa com um desenho de um policial militar executando o aluno de uma escola pública foi retirada de um carro de som por PMs. Houve discussão entre policiais e manifestantes, que seguiram com a faixa nas mãos.