O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, admitiu ontem no Rio que tem divergências com o ministro da Defesa, José Viegas, em relação à promoção a general de Apolônio de Carvalho, guerrilheiro de esquerda expulso do Exército por Getúlio Vargas, e que caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidir sobre a questão.
Apolônio foi anistiado pelo governo, que decidiu lhe conceder uma indenização. O ministro da Justiça defende ainda que ele seja promovido a general, o que não agrada à cúpula do Exército. ?Falei com o ministro (Viegas) hoje (ontem) de manhã e ele não me disse que o Apolônio não seria promovido. Nós vamos olhar essa questão sob o aspecto jurídico. Essa é uma questão que não tem importância. Ele já recebeu aquilo que tinha de receber. Agora vamos ver de que maneira se coloca essa questão do ponto de vista jurídico. Isso não depende do ministro da Defesa. Depende do presidente da República e da lei, que é o mais importante?, disse o ministro da Justiça.