Em sessão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, 15, ministros fizeram menções de lamento à morte de Marielle Franco, vereadora do município do Rio de Janeiro pelo PSOL, assassinada na noite da quarta-feira, 14, junto com o motorista Anderson Gomes.

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“Não há palavras para reagir à altura ao assassinato da vereadora Marielle Franco. Aliás, tem faltado palavras para descrever o que está acontecendo com o Rio de Janeiro. Uma combinação medonha de desigualdade, corrupção e mediocridade. Um ciclo que tem conduzindo à extrema violência que estamos enfrentando. É imensa a sensação de pesar e de desalento em momentos como esses, sobretudo para quem é do Rio, como meu caso. A única homenagem a quem luta por justiça e igualdade é continuar a luta por justiça e igualdade. Acho que esse é o papel que nos cabe”, disse o ministro Luís Roberto Barroso.

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Os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luiz Fux também tocaram no tema no plenário. Além disso, a assessoria de imprensa do Supremo publicou uma frase em nome de Cármen Lúcia.

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“Morre uma mulher. No caso de Marielle, morre um pouco cada uma de nós. Fica viva sua luta por Justiça e igualdade. E o nosso compromisso de continuar com ela. Assim, ela continua conosco. Para sempre Marielle!”, disse a ministra Cármem Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal.

O vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, também se manifestou na sessão do Supremo. “Acordamos atingidos pelas balas que mataram a vereadora e atingem em cheio a democracia”, disse Mariz Maia.

O ministro Luiz Fux, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já havia feito uma declaração forte pela manhã na sessão da Corte Eleitoral.

“Ficamos chocados com essa notícia, que no mundo de hoje se tente calar a voz política através de uma atitude que demonstra baixíssimo déficit civilizatório nesse campo. Manifestar solidariedade aos familiares e amigos que nesse momento passam intensa dor. Peço licença para enviar a todas as pessoas que lutaram por um Brasil melhor, sem desigualdades e mais justo, nosso abraço sentido e sofrido”, disse Fux no TSE.