O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, se alinhou nesta quinta-feira (28) ao líder do PDT no Senado, Jefferson Péres (AM), que tem se empenhado pelo aprofundamento das investigações envolvendo o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), no Conselho de Ética. Lupi ressaltou que o partido não "coloca mordaça em ninguém" e não abre mão da ética pública, "doa a quem doer".

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"Nossas bancadas têm independência. Os senadores foram eleitos pelo povo, têm independência e autonomia de avaliar e encarar e exercer as suas funções plenamente. O PDT não coloca mordaça em ninguém", destacou, ao participar de uma solenidade na fábrica da Fiat Automóveis, em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte.

Renan é suspeito de ter despesas pessoais pagas pelo lobista da empreiteira Mendes Júnior Cláudio Gontijo, inclusive pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de três anos. Ele também é suspeito de apresentar notas frias ao Conselho de Ética para justificar rendimento de R$ 1,9 milhão.

Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tenha defendido reservadamente uma solução rápida para o desfecho do processo, Lupi – com broches do PDT e da bandeira do Brasil na lapela do paletó – disse que não há orientação pública do Planalto nesse sentido. "O governo do presidente Lula não se manifestou em nenhum momento sobre o procedimento a ser adotado pela base governamental em relação ao que está acontecendo no Senado".

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Ele observou que o PDT possui uma bancada de quatro senadores e as posições que Péres "toma no Senado representam a posição do partido". E será mantida. "O partido tem muita independência. Nessa questão ética, o partido não abre mão", destacou. "Vamos agir com rigor, doa a quem doer, em tudo aquilo que signifique desprezo a esses valores éticos".