Ministro do Trabalho diz ser vítima de perseguição política

Pressionado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República e orientado pelo governo, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, defendeu-se nesta quarta-feira (27) das acusações de favorecer entidades relacionadas ao partido dele, o PDT, na realização de convênios para qualificação e treinamento de trabalhadores. "Julgo ser vítima de perseguição política e de uma campanha de difamação", disse. Numa tentativa de mostrar força e apoio, as declarações de Lupi tiveram a presença de uma claque de parlamentares da legenda e sindicalistas.

Alvo de denúncias há semana, somente nesta quarta-feira o ministro do Trabalho anunciou que, a partir da próxima semana, a página do ministério na internet (www.trabalho.gov.br) publicará a relação dos convênios, entidades, valores e datas no que chamou de "portal da transparência". Também foi criado um grupo de trabalho, formado por técnicos da pasta, para fiscalizar in loco as entidades selecionadas que montarem cursos de qualificação de jovens e adultos, no âmbito do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego (PNPE).

Para tentar rebater as acusações de que, desde que assumiu a pasta, em abril, teria privilegiado pedidos de verbas para prefeituras ou entidades ligadas à sigla, o Ministério do Trabalho relacionou um total de R$ 430 milhões em convênios assinados ou renovados ao longo de 2007 até fevereiro de 2008 e os distribuiu por agremiações, considerando a administração de cada governo de Estado ou prefeitura beneficiada.

Segundo a lista, ao PDT, foram destinados R$ 14,4 milhões enquanto, para o PT, foram R$ 96,3 milhões. Os partidos de oposição à administração federal também foram destacados. Para o DEM, aparecem R$ 54,1 milhões e, ao PSDB, R$ 102,4 milhões. "Eu não veto e nem discrimino ninguém, até porque a norma técnica impede o direcionamento por partido", afirmou.

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