Ministro diz que negociação de greve dos Correios tem limite de R$ 400 mi

Brasília – O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que a negociação entre os Correios e os trabalhadores para tentar encontrar uma solução para a greve tem um limite financeiro de R$ 400 milhões. Esse valor, segundo ele, suporta o aumento sugerido pelo governo e não prejudicaria os planos de expansão da estatal. ?Estamos num momento de expansão dos Correios. Mas não temos condições de suportar mais do que os R$ 400 milhões?, disse. Costa se reúne com a direção dos Correios para repassar as propostas ?na esperança de encontrar um caminho?.

Hélio Costa enfatizou que a proposta do governo deve ficar entre 7% e 9% de reajuste salarial, contudo não detalhou se a oferta incluiria benefícios. A última proposta dos Correios, que foi recusada pelas assembléias de trabalhadores, previa que reajustes entre 10,52% a 13,28% para os empregados de nível básico, como carteiros e atendentes, e 4,36% a 5,5% para os profissionais de nível superior. Em nota oficial, a direção dos Correios afirmam que, entre 2003 e 2007, os empregados tiveram reajuste de 103%, acima de inflação de 46,8% no período.

Contudo, o comando de greve dos trabalhadores dos Correios argumenta que há perdas desde 1994 e que as reivindicações, de 47% para o reajuste e acréscimo linear de R$ 200, seriam justamente para suprir a defasagem. A assessoria de imprensa dos Correios afirmou ontem e hoje que podem entrar com um dissídio no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para decidir o futuro da paralisação.

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