O ministro da Defesa, Nelson Jobim, considerou positiva a visita que fez a França e Rússia, na semana passada. Ele admitiu que há interesse estratégico da França em relação ao Brasil e que isso foi dito pelo presidente Nicola Sarkozy, que deverá reafirmar essa disposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no encontro marcado para a próxima semana, na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa. "O que é fundamental na conversa com o presidente Sarkozy é que há uma decisão política dele de que a relação com o Brasil seja de transferência de tecnologia", declarou o ministro, salientando que este é o ponto principal na questão do reaparelhamento.

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Sobre a compra de equipamentos franceses, Jobim disse que não há dúvida de que as discussões em relação à aquisição de um submarino está adiantada, mas em que em relação a compra de caças para a Força Aérea Brasileira, ainda é preciso discutir os custos. No encontro com autoridades francesas e russas, Jobim disse que fez questão de ressaltar que o Brasil neste momento não é um comprador e que quer estabelecer com os países uma relação de parceria, e não de compra e venda.

"Entendemos que o aparelhamento das Forças Armadas está vinculado à capacitação nacional. Ou seja, ao desenvolvimento de um parque tecnológico e de defesa autônomos. Isso não é um processo que leve um mês ou um ano. Leva tempo",afirmou o ministro. Ele admitiu que a conversa com os russos não foi tão positiva quanto a dos franceses. "É que os russos tem interesses estratégicos locais", justificou o ministro. Segundo ele, não há possibilidade de conversa com os russos sem transferência de tecnologia. A língua e a escrita foram outros dois fatores que, segundo o ministro, dificultaram o diálogo com os russos.

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