O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse estar transformando em uma sindicância o inquérito aberto para investigar ações de diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e que isso servirá para "blindar" os futuros novos diretores do órgão. O ministro está prestando depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara que investiga a crise no setor aéreo.
Jobim, explicando que o inquérito "perdeu o objeto", porque a intenção era a de afastar Denise Abreu da diretoria da agência, e ela já renunciou ao cargo, disse que, agora, com a sindicância o que se pretende é avaliar problemas que possam existir na Anac para "blindar" as pessoas que vierem a ser nomeadas para cargos na agência. "Foi o que fizemos na Infraero. Os novos diretores (da Anac) precisam de blindagem", afirmou o ministro, explicando que, "se uma pessoa entra em um ambiente que não sabe como está, acaba se contaminando, e o passado se sobrepõe ao futuro.
Jobim disse que a Controladoria Geral da União (CGU) tem gente "competente e especializada" para fazer a sindicância. No depoimento, o ministro da Defesa disse que não pode "sacrificar a segurança (na aviação) a bem dos custos." Ao explicar as funções da nova Secretaria de Aviação Civil, ele contou que ela não fará uma simples articulação, e sim agirá como um órgão executivo do Conselho de Aviação Civil. "Na aviação civil há quem mande e há quem obedeça.
