Brasilia – O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, disse ontem no encontro do PT, em Brasília, que não há nada que justifique as últimas ameaças de violência no campo. Ele condenou as milícias armadas por uma minoria de produtores rurais. Rossetto disse que considera democráticas as manifestações dos movimentos de sem-terra, como o MST, e atribuiu o aumento da tensão a setores que se opõem à realização da reforma agrária. Rossetto relacionou como áreas de maior tensão o sul do Pará, o Paraná, Pernambuco e o Triângulo Mineiro.
– Não há qualquer dado de realidade que autorize o crescimento da violência no campo – disse ele, referindo-se às milícias.
– Existem setores que não querem a reforma agrária. Entendo as ocupações de terra como um exercício de manifestação democrática. As entidades têm autonomia para se manifestar – disse o ministro.
Rossetto disse que está otimista para a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o MST, na semana que vem, e confirmou vai assentar 60 mil famílias até o fim do ano, o que deverá proporcionar uma redução da tensão.
