São Paulo – A ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, defendeu neste domingo (2) a descriminalização do aborto para que as mulheres que desejam abortar possam ser atendidas adequadamente pelo serviço público de saúde, sem pôr ?suas vidas em risco? em clínicas clandestinas.
?Ninguém gosta de fazer aborto. As mulheres não escolhem fazer aborto por opção pessoal. Escolhem por uma cultura que as leva, muitas vezes, a engravidar [sem ter optado por isso]?, afirmou a ministra.
Segundo Matilde Ribeiro, as mulheres que engravidaram e não desejam ter o filho têm direito à assistência do serviço de saúde e de ter condições para praticar o aborto com "respaldo do serviço público de saúde?.
?Essa é uma questão da sociedade. Não é uma questão só do governo, nem só do PT. É da vida de muitas e muitas mulheres que já morreram por essa prática clandestina e pela ausência de serviços públicos que possam dar conta dessa realidade?.
Matilde Ribeiro participou hoje do 3º Conselho Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), em São Paulo, que aprovou a proposta de descriminalização do aborto.