Rio de Janeiro – O Ministério Público Federal denunciou nesta quarta-feira (4) à Justiça 15 pessoas investigadas por suspeita de envolvimento com uma quadrilha que explorava o jogo ilegal no Rio de Janeiro. Foi pedida prisão preventiva de 13 delas.
Eles responderão por formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e concussão (extorsão). A denúncia foi recebida pela 6a Vara Federal, onde tramita a ação penal. Esta é a terceira fase da Operação Furacão, desencadeada nesta quarta-feira pela Polícia Federal (PF), e que tem entre os presos delegados e agentes federais e o ex-deputado por São Paulo José Ferreira do Nascimento, o Zé Índio.
O procurador da República Orlando Monteiro Cunha disse que a terceira fase da Operação Furacão tem relação com os fatos que desencadearam as duas primeiras etapas, quando foram presos policiais civis, juízes e advogados, acusados de envolvimento com a máfia das casas de bingo. "Essa denúncia e esse último momento resgatam o início de todo o trabalho que foi feito inicialmente, vinculado à Delegacia Fazendária, e o esquema de corrupção que era montado dentro dessa [delegacia] especializada", explicou.
Cunha informou que a investigação começou depois da denúncia de um advogado que teria sofrido tentativa de extorsão para arquivamento de inquérito pelo delegado Oswaldo Cruz Ferreira, da Delegacia Fazendária da Polícia Federal do Rio de Janeiro, por R$ 20 mil.
A partir disso, começou a investigação, por escutas telefônicas, de outros suspeitos da Polícia Federal. "Através do monitoramento dessa organização, chegou-se à constatação de que ela agia não só na PF, mas em várias instâncias do poder público", disse Cunha.
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