O Ministério dos Transportes foi o principal executor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no ano passado, revelam dados do Ministério do Planejamento. Dos R$ 4,5 bilhões em despesas concluídas e pagas por todos os ministérios, mais da metade – ou R$ 2,8 bilhões – é de responsabilidade do Ministério dos Transportes.
O valor, porém, é baixo se comparado ao total reservado no Orçamento de 2007 para obras em transportes: R$ 8,1 bilhões. Na prática, o ministério conseguiu utilizar 34,5% do que poderia, incluindo projetos constantes do Orçamento de 2007 e o pagamento de despesas contratadas nos anos anteriores. A maior parte das verbas, R$ 7,6 bilhões, não foi gasta, mas já está reservada (empenhada) para pagar serviços e mercadorias cuja compra já foi contratada.
O balanço do PAC na área de rodovias mostra que, no ano passado, foram concluídas duas obras: a duplicação da BR 060 entre Brasília e Anápolis (GO) e a duplicação da BR 050 entre Uberaba (MG) e Uberlândia (MG). Além disso, foram restaurados 6.609 quilômetros de estradas federais em todo o País e instalada sinalização em mais 9.000 quilômetros.
Os dados do Ministério do Planejamento mostram que os ministérios da Defesa e do Meio Ambiente foram os mais ágeis em utilizar a parcela dos recursos do PAC a eles reservada. Ambos gastaram 100% das verbas.
Outro ministério que tinha muitos recursos mas teve dificuldade em utilizá-los foi o da Integração Nacional, em que a principal obra é a polêmica integração do rio São Francisco com as bacias do Nordeste setentrional. Dos R$ 2,3 bilhões disponíveis, apenas R$ 299 milhões foram pagos aos fornecedores de mercadorias e serviços. O restante está empenhado para obras em fase de contratação ou execução.