O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta terça-feira, 12, a liberação de recursos e a realização de novas ações para reforçar a rede de cuidado às crianças com síndrome congênita associada à infecção pelo zika. Ao todo, serão investidos R$ 27 milhões para ampliar e qualificar os serviços na atenção básica, por meio dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs).

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O anúncio foi feito no Recife, durante a abertura do “Encontro Regional: Fortalecimento da Atenção Básica na Articulação das Redes de Atenção à Saúde”, que reuniu gestores e técnicos dos nove Estados do Nordeste, além de especialistas.

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De acordo com o ministro, do total de recursos R$ 15,2 milhões serão aplicados na aquisição de novos kits fisioterápicos e outros R$ 11,8 milhões para ações de diagnóstico, entre exames e consultas, para conclusão de casos que ainda não foram fechados. Atualmente, 5,3 mil casos – entre confirmados e em investigação – estão sendo monitorados no País.

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“Esta ação irá avaliar situação de cada caso em investigação para que possamos acompanhar a evolução da síndrome e tomar as devidas providências. Mesmo após o fim da emergência da zika e microcefalia, o governo mantém o apoio e dará continuidade a assistência e cuidado dessas crianças e suas famílias”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante o anúncio.

Cada uma das 4.143 equipes de núcleo de apoio à saúde da família que possuam profissionais de fisioterapia vai receber R$ 3,6 mil para a aquisição de kits para reforçar a estimulação precoce, como colchonetes, bolas, brinquedos que estimulam os sentidos e a coordenação motora, trena antropométrica, martelo de reflexo, entre outros materiais.

Os municípios receberão os recursos em parcela única por meio do Piso da Atenção Básica (PAB variável). Atualmente, a rede de reabilitação em todo o País conta com 2.323 serviços de reabilitação e estimulação credenciados no Sistema Único de Saúde (SUS), com 190 Centros Especializados em Reabilitação (CERs), 33 oficinas ortopédicas, 238 serviços de reabilitação em modalidade única e 1.862 serviços de reabilitação credenciados pelos gestores locais.

Ainda durante o evento, o ministro apresentou uma campanha publicitária nacional que apresentará histórias de pessoas impactadas pelos serviços oferecidos pelo SUS.

Evolução

Entre 2015 e 2017 foram registrados 14.577 casos de má-formação e 883 óbitos causados pela síndrome. Em agosto deste ano, de acordo com o novo boletim epidemiológico, 20% dos casos foram confirmados, 21% permanecem em investigação e 44% foram descartados. Em Pernambuco, são 421 diagnósticos confirmados de microcefalia. Os casos da síndrome vêm diminuindo desde maio de 2016.

No início deste mês, o Ministério da Saúde incorporou um novo medicamento para o controle de convulsões em pacientes com microcefalia decorrente de infecção pelo vírus. Considerado um dos mais modernos no mundo para o tratamento de crianças com microcefalia, o medicamento já é utilizado em países como Canadá e Escócia.

A pasta vai investir, até 2022, mais de R$ 1,6 milhão no novo componente. A aquisição estará disponível aos pacientes do SUS em até 180 dias.