O governo federal estima que até três mil famílias afetadas pelas fortes chuvas que atingem o País poderão ser incluídas no programa “Minha Casa, Minha Vida”. A informação é do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, ao sair da reunião com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e representantes do Desenvolvimento Agrário, Saúde, Ciência e Tecnologia, Minas e Energia e Meio Ambiente, para tratar das ações do Executivo no combate aos efeitos da chuva.

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“A presidenta autorizou o grupo de acompanhamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) de que todas as demandas que venham a surgir de Estados e municípios, que tiveram casas completamente destruídas, terão espaço dentro do programa (Minha Casa, Minha Vida)”, disse Bezerra Coelho.

De acordo com o ministro, as estimativas são de que a demanda não ultrapasse o número de três mil unidades. “Os números não são grandes, graças a Deus. Estou falando de casas completamente destruídas, porque há aquelas que podem ser recuperadas”, afirmou.

O governo também anunciou centros de monitoramento em Santa Catarina e São Paulo, que se somam aos três já existentes – em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, até agora os Estados mais afetados pelas chuvas. “No curso da próxima semana, esperamos estar com esses dois novos centros mobilizados”, disse Bezerra Coelho.

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O ministro deve viajar ainda hoje para Belo Horizonte, onde deve anunciar, ao lado do governador Antonio Anastasia (PSDB) o repasse de R$ 25 milhões do governo federal para obras de recuperação de infraestrutura urbana.

O Palácio do Planalto ainda quer que técnicos da Petrobrás e geólogos intensifiquem o “mapeamento geotécnico” das áreas de 251 municípios apontados como de elevado risco.

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“As áreas (de risco) já estão identificadas. (Os especialistas) Vão fazer um mapeamento geotécnico, que vai permitir saber quando uma chuva começar a cair, qual é a qualidade do solo naquela região, a capacidade de saturação desse solo, para poder então alertar a Defesa Civil local e a comunidade para se retirar as pessoas em caso de iminência de deslizamento”, explicou Bezerra Coelho.

O ministro encerrou a coletiva concedida a jornalistas evitando mais uma vez responder sobre suas pretensões eleitorais para este ano. Questionado se pretendia deixar o cargo e concorrer à prefeitura de Recife, disse: “Obrigado.”