A milícia é a maior responsável por assassinatos no Rio com 45% da autoria dos mais de mil casos registrados na Divisão de Homicídios (DH) da capital fluminense, desde a fundação da delegacia especializada, em janeiro de 2010.

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As autorias dos demais casos estão fragmentadas entre homicídios praticados por traficantes, assassinatos ocasionais, como as brigas de rua, e os crimes passionais.

Segundo os especialistas em segurança pública, os milicianos estão em expansão em direção às áreas das favelas da zona norte da cidade. Eles apontam que o volume de dinheiro dos múltiplos negócios motivam as disputas a tiros entre os próprios paramilitares.

“Não me surpreende que a milícia mate mais hoje no Rio. A prática mais utilizada pelo miliciano é o homicídio. Eles são violentos com as testemunhas dos crimes cometidos por eles ou com quem enfrenta as práticas estabelecidas por seus grupos”, disse o delegado titular da Delegacia de Repressão às Atividades Criminosas Organizadas (Draco), Alexandre Capote, responsável por investigar os paramilitares. Em 2010, pelo menos 193 milicianos foram presos em todo o Estado.

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O combate às milícias no Rio foi incrementado em 2008 quando foi instalada a CPI das Milícias. No mesmo ano, no mês de maio, uma equipe de reportagem do jornal O Dia foi torturada por paramilitares da Favela do Batan, em Realengo (zona oeste), que hoje é ocupada por uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Com a repercussão do caso, o número de prisões de milicianos aumentou em comparação aos anos anteriores. Em 2006, apenas cinco deles haviam sido presos. No ano seguinte, 21 foram encarcerados.

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Em 2008, o número subiu para 78. No ano de 2009, várias operações foram realizadas e 275 milicianos foram parar atrás das grades, entre eles policiais, bombeiros e até parlamentares.