Uma missão com cerca de 50 empresários do Brasil desembarca na Índia na próxima semana para tentar ampliar as relações comerciais entre os dois países. A missão é presidida pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, que será recebido pelo ministro do Comércio e Indústria da Índia, Kamal Nath. Jorge visitará a fábrica da empresa brasileira de ônibus Marcopolo, na cidade de Lucknow.
O assessor especial do ministro do Desenvolvimento, Mauro Couto, explicou que a Índia lançou um programa de infra-estrutura semelhante ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que na avaliação do governo brasileiro, abre espaço para investimentos brasileiros naquele país em transportes, portos, aeroportos e hidrelétricas. Integram a missão representantes de empresas como a Marcopolo, WEG e Petrobras.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, as possibilidades de ampliação das exportações brasileiras para a Índia estão nas áreas de produtos agrícolas e bens industrializados, como petroquímicos, celulares, bens de informática, equipamentos para terraplanagem, minério de cobre, laminados planos, óleo de soja, carne bovina, laticínios, café, soja em grão e farelo.
Já o governo indiano vê potencial para aumentar suas vendas ao Brasil de produtos como óleos combustíveis, jóias, medicamentos, arroz, autopeças, automóveis, motores de veículos e suas partes, pneumáticos e bens de informática. Brasil e Índia registraram uma corrente de comércio recorde de US$ 3,12 bilhões em 2007, 29 4% a mais que em 2006. O saldo comercial foi deficitário para o Brasil em US$ 1,21 bilhão.