Os metroviários de São Paulo decidiram em assembleia na noite de hoje cancelar a greve que estava programada para ocorrer amanhã. A paralisação foi remarcada para o dia .
O sindicato que representa a categoria decidiu acatar a decisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), que, em assembleia na tarde de ontem, deu um prazo de mais 20 dias para que as negociações fossem concluídas.
A principal reivindicação do sindicato é em relação à participação nos resultados. A entidade reclama que o Metrô quer pagar mais para funcionários de alto escalão.
Caso ocorresse, a greve podia ser usada politicamente contra o candidato do PSDB a prefeito, José Serra.
O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior, descartou a relação política da paralisação e disse que se a greve ocorresse às vésperas da eleição seria uma coincidência. Segundo ele, o prazo de 120 dias que o governo do Estado tinha para apresentar uma proposta para a categoria venceu na semana passada. O prazo foi estabelecido no TRT em maio, após uma greve de 12 horas.
Em maio, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a greve foi ato ilegal de “um grupelho radical, com motivação político-eleitoral”.