Alvo de queixa de parte dos usuários e mal visto pela cúpula do Metrô de São Paulo, o projeto que deixava música ambiente dentro dos vagões “demonstrou que não era viável” e “será descontinuado”, segundo uma curta nota, de 14 palavras, divulgada nesta sexta-feira, 8, pela empresa. Na nota, o programa “Metrô+Música”, nome oficial, foi tratado como uma ação “experimental”.
O projeto era uma tentativa da gestão Márcio França (PSB) de “humanizar” o Metrô e foi tocado a contragosto pelos engenheiros e especialistas da empresa, que passaram anos fazendo campanhas para que os usuários usassem fones de ouvido para não incomodar os demais passageiros e coíbem a ação de músicos que tocam nos vagões em troca de caixinhas e contribuições. As playlists, com cerca de 200 músicas de diversos estilos, eram feitas por uma empresa terceirizada, a iCult, que já tinha contrato com o Metrô. O cancelamento foi adiantado pelo site Diário do Transporte.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o ex-governador informou que “nunca houve manifestação contrária à iniciativa, que recebeu elogios dos usuários”. Segundo a nota, “a sugestão, acatada e nunca contestada, foi para humanizar o metrô e também promover o apoio à cultura”. No texto, a assessoria do governador cita que o secretário dos Transportes Metropolitanos de França foi o mesmo do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), Clodoaldo Pelissioni. A nota aproveita para atacar a atual gestão: “Esta decisão (suspender as músicas) do atual governo é política, assim como foi o aumento da passagem acima da inflação.