Em crise econômica e enfrentando redução no número de passageiros, o Metrô confirmou a abertura de um Plano de Demissão Voluntária (PDV), proposta que vinha sendo veiculada pela empresa desde o começo do ano. É o primeiro PDV desde 1998. A companhia está oferecendo um aditivo de 40% do saldo do FGTS do funcionário que aderir ao plano.

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Segundo a gerente de Recursos Humanos da companhia, Valéria Cabral, “as inscrições têm início no dia 25 e vão até o dia 8 de setembro”. Todo funcionário com mais de 90 dias de empresa poderá se inscrever. Mas, dependendo da função que desempenha na empresa, poderá ter o desligamento adiado por até dois anos – tempo que a companhia se propõe a repor a vaga. “A prioridade é não afetar a operação”, diz Cabral.

Além do pagamento extra, a empresa também vai oferecer bancar o plano de saúde da empresa para os funcionários demitidos, em um período que vai variar de acordo com o tempo em que o empregado se manteve na empresa.

A gerente não tem uma estimativa de quantos funcionários poderão aderir ao PDV. Há cerca de um mês, o diretor de Operações da empresa, Mário Fioratti, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, disse que, graças a queda de passageiros – estimada, naquele mês, em uma média de 86 mil pessoas a menos por dia – havia uma previsão de redução de R$ 60 milhões no Orçamento da empresa para 2016. Na ocasião, Fioratti estimou ser necessário desligar 300 pessoas, ou 3% do quadro total da empresa.

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O Metrô tem funcionários com mais de 40 anos de empresa. Ao todo, há 109 funcionários que recebem salários acima do teto do funcionalismo estadual, que é de R$ 20,5 mil (o salário do governador Geraldo Alckmin, do PSDB). A situação é possível porque o Metrô é tido como uma empresa de economia mista independente, cujos recursos para operação não dependem do governo do Estado.