O verão do hemisfério sul, que tem início na próxima segunda-feira, às 15 horas e 47 minutos, no horário de Brasília, deve ser marcado por muita chuva, segundo previsão da Climatempo, devido à influência do El Niño.

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A estação, segundo a Climatempo, começa com o domínio de uma grande massa de ar quente sobre a maior parte do Brasil. As áreas de instabilidade se formam sobre grande parte do Sul e do Sudeste, e no dia da entrada do verão, o risco de chuva forte é grande no sul e no leste do Rio Grande do Sul e no leste de Santa Catarina.

O tempo abafado formará nuvens carregadas e ocorrerão temporais no Sudeste, no Centro-Oeste e no Norte, preveem os meteorologistas. No Nordeste o ar ficará seco e por isso não choverá na maior parte das áreas. Só o oeste do Maranhão pode ter pancadas passageiras.

 

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O quadro de estiagem do Nordeste deve se reverter até o fim do mês. O avanço de uma frente fria leva muita chuva para a Bahia, para o Maranhão e para o Piauí, e as deficiências hídricas devem ser revertidas. Esta frente fria aumentará a chuva também no Sudeste, com grandes volumes acumulados especialmente no centro-norte de Minas Gerais e no Espírito Santo.

 

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El Niño

Segundo a Climatempo, o fenômeno El Niño, o aquecimento anormal das águas do Pacífico, será fator facilitador da chuva no centro-sul do Brasil durante o verão, que será de forma concentrada e contínua, como há previsão neste mês de janeiro, com potencial para enchentes e deslizamentos. As áreas de risco do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste devem sempre estar atentas aos alertas da Defesa Civil.

A chuva mais forte acontecerá no norte do Paraná e nos Estados do Sudeste e do Centro-Oeste, com a formação de três episódios de ZCAS, Zona de Convergência do Atlântico Sul. Nestas áreas, ao longo do mês, espera-se por mais dias chuvosos do que ensolarados.

 

A maior parte das outras regiões do País não ficará livre das pancadas de chuva intensa, que podem vir acompanhadas de raios e granizo, que são comuns no verão por conta do forte calor e da alta umidade do ar. No Nordeste, só na Bahia, no Maranhão e no Piauí chove de forma regular em janeiro. Os outros Estados ainda ficam sob o domínio do ar seco, que impede a instabilidade. Nesta época do ano faz muito calor e não chove.

 

Em fevereiro a chuva volta a cair com maior frequência no Ceará e no sertão da Paraíba e de Pernambuco, mas na faixa entre Sergipe e Rio Grande do Norte o tempo permanece seco e muito quente. No Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil a previsão é de um mês muito diferente do anterior: se em janeiro deve chover muito, em fevereiro quase não choverá. As pancadas serão irregulares e o calor será intenso. Os termômetros passam facilmente dos 35 graus durante as tardes. No Sul, no entanto, o quadro é inverso, com muita chuva e temperatura abaixo da média.

 

Em março, uma grande massa de ar quente tomará conta da maior parte do Brasil, mas não impedirá a formação de áreas de instabilidade. O calor e a alta umidade do ar favorecerão várias pancadas de chuva, que nesta época ainda são bem fortes. Os grandes centros urbanos ainda devem sofrer com os temporais de fim de tarde.