Brasília – A falta de infra-estrutura para famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família se apresenta de maneiras diferentes em cada uma das regiões do país, segundo o Perfil das Famílias Beneficiárias do Programa Bolsa Família, divulgado nesta terça-feira (21) pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

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O levantamento mostra que metade das famílias que recebem os recursos do programa vive no Nordeste do país. Do total de cerca de 11 milhões de famílias atendidas, 5,5 milhões são da região.

Em 2005, data da primeira divulgação do perfil socioeconômico, dentre as 7,6 milhões de famílias atendidas, 3, 7 milhões eram dessa região.

A pesquisa mostra que, em 2007, a região Sudeste tem 2,8 milhões famílias atendidas pelo Bolsa Família; a Sul, cerca de 1 milhão; a Norte, mais de 1 milhão; e a Centro-Oeste, 598,2 mil.

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Em relação ao abastecimento de água, do total de famílias beneficiadas nas regiões Norte e Nordeste, 58,2% e 45,6%, respectivamente, têm acesso a esse serviço. Nas demais regiões, o acesso à rede pública de água supera 70%.

No caso do esgoto sanitário, a região Sudeste é a que apresenta maior acesso: 67,3% dos beneficiários. Nas outras regiões, esse percentual não ultrapassa 37%. O percentual mais baixo é o da região Norte: 10,7%.

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Apesar da disparidade, o levantamento indica melhora no acesso a esses serviços.

Entre 2005 e 2007, o percentual de famílias atendidas com abastecimento de água por rede pública passou de 61,1% para 64,7%. Quanto ao acesso à rede de esgoto, a porcentagem subiu de 33,9% para 36,4%.

Em relação à energia elétrica, os dados mostram que as famílias têm mais acesso a esse serviço que à água e ao esgoto, apesar de também haver disparidades por regiões.

A média atual de abastecimento de energia elétrica pela rede pública é de 76,7%. Em 2005, esse índice era de 72,4%. A região Norte tem o menor percentual do país: 69,1%. Nas demais regiões, os índices chegam a 76% (Nordeste); 80% (Sudeste); 83,3% (Sul); e 84,8% (Centro-Oeste).

Segundo a secretária nacional de Renda de Cidadania do MDS, Rosani Cunha, a pesquisa sinaliza que é necessário manter esforços de integração de políticas públicas com o Programa Bolsa Família, como as de saneamento e habitação.

Cunha disse que o governo já trabalha com a integração do Bolsa Família a políticas de aumento da escolaridade de jovens e adultos; de alfabetização; geração de trabalho e renda, vem como ao programa Luz para Todos.

?O grande apoio que os estados podem dar à gestão do Bolsa Família é nessa área de ações complementares, de ofertar outras políticas públicas para que as famílias possam sair da situação de pobreza?, observou.