Mesmo sem chover há três dias, Cantareira tem nova alta

Mesmo sem chover há três dias na região, o Cantareira registrou alta no volume armazenado de água pela 37ª vez consecutiva, segundo aponta relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta sexta-feira, 8. Outros três mananciais, incluindo o Guarapiranga, sofreram queda.

Os reservatórios que compõem o Cantareira subiram 0,2 ponto porcentual e operam com 32% da capacidade, ante 31,8% no dia anterior. Esse índice tradicionalmente divulgado pela Sabesp considera o volume morto como se fosse volume útil do sistema.

De acordo com dados da companhia, a última vez que o nível do manancial ficou estável foi no dia 2 de dezembro, com 19,6%. Já a última perda de água represada aconteceu há mais de dois meses, no dia 22 de outubro, quando os reservatórios caíram de 15,7% para 15,6%.

Embora tenha registrado aumento em todos os dias de 2016, as chuvas sobre a região ficaram aquém do esperado na primeira semana do ano. Há três dias sem chover, a pluviometria acumulada no período é de 36,7 milímetros, o que representa apenas 54% do volume esperado, caso a média histórica de 8,5 mm por dia em janeiro estivesse se repetindo.

Outros fatores, como a diminuição da retirada de água do sistema pela Sabesp, o racionamento e a redução do consumo, ajudam a explicar a recuperação gradual do Cantareira, que opera fora do volume morto desde a semana passada. A situação do sistema, no entanto, ainda é considerada crítica. Segundo o índice que calcula a reserva profunda como volume negativo, o manancial está com apenas 2,7% da capacidade. Já o terceiro índice está em 24,7%.

Outros mananciais

Atual responsável por atender o maior número de clientes da Sabesp, o Guarapiranga voltou a cair. Os reservatórios estão com 82,7% da capacidade, ante 82,9% no dia anterior. A baixa foi de 0,2 ponto porcentual.

Rio Grande e Rio Claro também perderam água armazenada e operam com 92,5% e 74,2%, respectivamente. Na quinta-feira, esses índices eram de 92,8% e 74,6%.

Em crise, o Alto Tietê ficou estável em 25,1%, já considerando um volume morto acrescentado ao cálculo no final de 2014. Já o Alto Cotia registrou aumento de 0,2 ponto porcentual e opera com 90,5% da capacidade.

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