Foto: José Cruz/ABr |
Pressão sobre Renan Calheiros está cada vez mais forte. |
Brasília – A Mesa Diretora do Senado decidiu nesta segunda-feira (15) encaminhar ao Conselho de Ética a quinta representação contra presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O PSDB e o DEM querem que Renan seja investigado por ter determinado supostas investigações clandestinas contra os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO).
O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), afirmou que o encaminhamento da representação ao Conselho de Ética foi decidido por cinco votos favoráveis e uma abstenção.
"A Mesa entendeu que esta matéria [representação contra Renan Calheiros] deve ser tratada no Conselho de Ética. Ela deve ser julgada sem precipitar qualquer tipo de condenação ou absolvição contra o senador Renan Calheiros", disse Tião Viana.
Logo após a reunião, o presidente interino do Senado leu em plenário o pedido oficial de afastamento de Renan Calheiros do cargo por 45 dias. No pedido de licenciamento, o presidente do Senado reafirma que o objetivo da medida foi mostrar aos senadores que não utilizará a presidência da Casa em sua defesa.
Tião Viana informou que esteve nesta segunda-feira com Renan Calheiros. "Conversamos sobre o que está acontecendo no Senado, a possibilidade da pacificação da Casa a partir do gesto de distensionamento que ele adotou pedindo o seu afastamento e a busca de um Senado que possa estar imparcial, sereno e ético na condução deste caso e da agenda legislativa que precisamos tratar?.
Segundo o senador, Renan disse que decidiu pelo afastamento porque considerava que foi instalada "uma situação insustentável dentro da Casa de tensão". Disse que a avaliação do senador peemedebista é de que o seu afastamento contribuiria na "busca pela pacificação do ambiente político, da agenda legislativa e da condução equilibrada e serena [dos trabalhos do Senado]".