A Mesa Diretora do Senado decidiu arquivar nesta terça-feira (21) a representação do PSOL contra o senador Gim Argello (PTB-DF), acusado de participação em esquemas de desvios de dinheiro público e de grilagem de terras no Distrito Federal. Por três votos a dois e duas abstenções, os integrantes da Mesa entenderam que o arquivamento se justifica porque os delitos dos quais Argello é acusado teriam sido cometidos antes de ele ter assumido o mandato de senador.
Argello tomou posse na vaga de Joaquim Roriz (PMDB-DF), que também foi acusado de desvios de dinheiro público. No caso de Roriz, os delitos teriam ocorrido no período em que já exercia o mandato de senador. Por essa razão, ele renunciou ao mandato. A reunião da Mesa que arquivou a representação contra Argello foi comandada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), contra o qual correm processos no Conselho de Ética da Casa.
Voto de Calheiros decidiu a favor de Gim Argello
O voto do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) – contra o qual correm três processos no Conselho de Ética da Casa -, foi decisivo para que a Mesa Diretora arquivasse a representação movida pelo PSOL contra o senador Gim Argello, acusado de participação em esquema de desvios de dinheiro público no Distrito Federal. O presidente da Casa só vota em casos de empate. E foi o que aconteceu na reunião desta terça-feira (21). A votação estava empatada em dois a dois, com duas abstenções, segundo participantes do encontro, e Calheiros deu o voto a favor de Argello.
Além de Calheiros, votaram pelo arquivamento da representação os senadores Papaléo Paes (PSDB-AP) e Efraim Morais (DEM-PB). Os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR) e Tião Viana (PT-AC) defenderam o encaminhamento da representação ao Conselho de Ética, para que Argello fosse processado. Os senadores César Borges (DEM-BA) e Magno Malta (PR-ES) se abstiveram.