Brasília – Na reunião da Mesa Diretora do Senado, marcada para esta segunda-feira (15) à tarde, será discutida a agenda de votações da Casa. Ao todo, são 18 pedidos de indicação de autoridades para cargos do governo que ainda precisam ser votados, além de duas medidas provisórias que trancam a pauta. A Mesa deve discutir também a quinta representação contra Renan Calheiros (PMDB-AL), que investiga se ele teria mandado espionar inimigos políticos.
"Já pedi à advocacia do Senado que emita parecer até às 16 horas para tomarmos a decisão ainda hoje", disse o presidente em exercício do Senado, Tião Viana (PT-AC). "Acho que ninguém vai se decepcionar com a conduta da Mesa do Senado", acrescentou.
Tião Viana disse que pretende falar hoje com o presidente afastado do Senado, Renan Calheiros, para manifestar o sentimento de como vai conduzir os trabalhos no período de interinidade. Ele ainda disse que não pretende usar a residência oficial da Casa – "não fui picado pela mosca azul. Estou muito bem instalado na Asa Sul [onde mora em
Brasília]" – e que não pretende discutir possíveis sucessores de Renan Calheiros, caso ele não volte à presidência após o afastamento de 45 dias.
"Hoje quem tem direito de ser presidente do Senado é o Renan Calheiros, que está afastado. Não acho conveniente antecipar qualquer discussão sobre a situação do senador após esses 45 dias", disse. "Da minha parte, não haverá um milímetro de movimento sobre essa pretensão [continuar na presidência do Senado]. Não vislumbro essa possibilidade. Eu cumpro a interinidade e quem quiser ser presidente da Casa, vai ter de construir a maioria".
Tião Viana ainda deve trabalhar para aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) na Casa. Ele disse que pretende conversar com a relatora do projeto, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), para "apresentar sugestões nos termos regimentais". A CPMF começa a ser discutida na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima quarta-feira (17).
